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Notícias do mercado imobiliário

Portas Abertas | 15 de agosto de 2024

Portas Abertas | 15 de agosto de 2024


15 de agosto de 2024

Autor Imprensa Loft

 

Atualizado: 15 de agosto de 2024 

6 min de leitura

Empresas tradicionais de outros setores investem no mercado imobiliário para aumentar lucro. No Rio, VGV de imóveis novos sobe 66% no primeiro semestre. Lançamentos na região metropolitana de Salvador saltam mais de 500%.

O que você vai ler  

Mercado imobiliário atrai empresas tradicionais de outros setores em busca de lucro

Companhias brasileiras tradicionais, de setores como varejo e farmacêutico, estão investindo no mercado imobiliário para diversificar seus negócios, aumentar lucros e reforçar o caixa. O fenômeno é visto como uma evolução de empresas que possuem propriedades e precisam evitar depreciação e manutenção.

Para Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, quem tem capital ou terreno normalmente se associa a um empreendimento.“Pode até ser um sócio oculto apenas num projeto específico”, afirma.

A Melhoramentos, por exemplo, está transformando propriedades usadas para plantio de eucaliptos em Caieiras (SP), em centros logísticos e residenciais. A empresa criou a Altea, que possui 152 milhões de metros quadrados de terrenos com potencial para diversos projetos.

A Altea já lançou, inclusive, um condomínio em parceria com a Swiss Park Incorporadora, que inclui 92 lotes residenciais e 23 comerciais. “Entramos no negócio com um sócio e oferecemos a terra e o conhecimento local”, afirma Carolina Alcoforado, líder dos projetos residenciais da empresa.

A diversificação dos negócios aumentou a receita da Melhoramentos em 27% ao ano entre 2020 e 2023, e a Altea contribuiu com R$ 12,7 milhões para o Ebitda de R$ 48,8 milhões em 2023. A estratégia inclui a venda de créditos de carbono e a manutenção de matas nativas.

O Grupo NC, dono da farmacêutica EMS, também aposta no mercado imobiliário em Campinas, com a 3Z Realty. Segundo o CEO Franco Pasquali, o objetivo é que o setor represente 10% do faturamento do grupo. Desde 2008, a empresa lançou 40 empreendimentos, incluindo projetos como Arborais e Ville Sainte Anne.

“Há efeito relevante de demanda no pós-pandemia por moradias nas cidades próximas aos grandes centros. Por Campinas estar próxima à capital e ter infraestrutura urbana e de serviços, há demanda pelo desenvolvimento imobiliário”, justifica Pasquali. Os projetos já tiveram VGV de R$ 200 milhões, R$ 580 milhões e R$ 1,8 bilhão, respectivamente.

Fonte: Estadão

No Rio de Janeiro, VGV de imóveis novos sobe 66 por cento no primeiro semestre de 2024

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro registrou crescimento de 66% no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado, com o Valor Geral de Vendas (VGV) de imóveis novos atingindo R$ 4,61 bilhões, apontou a pesquisa da Ademi-RJ e Brain Inteligência Estratégica. Em 2023, o VGV foi de R$ 2,77 bilhões.

Na comparação trimestral entre os anos, o segundo trimestre de 2024 destacou-se ainda mais, com um VGV de R$ 2,5 bilhões, um salto de 94% em comparação aos R$ 1,2 bilhão do mesmo trimestre de 2023. E a expectativa é um mercado ainda mais dinâmico no próximo semestre, segundo o presidente da Ademi-RJ, Marcos Saceanu.

Apesar do número de lançamentos no primeiro semestre de 2024 ter sido menor do que em 2023, o número de unidades oferecidas foi maior, com 7.949 unidades lançadas contra 5.966 no ano anterior. Um crescimento impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que oferece edifícios com mais apartamentos.

A pesquisa também revelou redução no estoque de imóveis novos, de 12.588 unidades em março de 2024 para 11.518 em junho. Marcelo Gonçalves, da Brain Inteligência Estratégica, explica que “o Rio de Janeiro é hoje uma das capitais com menor oferta de imóveis novos no país”, sugerindo um cenário ainda mais promissor para o setor nos próximos meses.

Fonte: O Globo

20/08/2024 Fonte: Portas Abertas | 15 de agosto de 2024